Degu: O Roedor Vindo dos Andes


Classificação científica:

  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Rodentia
  • Subordem:Hystricognathi
  • Família: Octodontidae
  • Género: Octodon
  • Espécie: Octodon degus
Nome comum: Degu

Os degus são originários dos Andes, na América do Sul, onde estes animais amigáveis vivem em grandes grupos nas rochas. Os degus foram descobertos no século XVIII pelos primeiros Europeus e foram considerados criaturas idênticas aos esquilos – e foram tratados como tal pelos cientistas da época.

Subsequentemente descobriu-se que estes não eram uma nova espécie de esquilos mas sim um parente próximo de outra criatura sul americana, o porquinho da Índia. Os primeiros exemplares foram enviados para zoos na Europa. Em meados do século XX, a maioria dos degus existentes em cativeiro eram mantidos em laboratório, onde era estudado o seu comportamento e também utilizados para pesquisas médicas.


Só recentemente se descobriu que os degus são uns companheiros muito interessantes como animais de estimação. A sua natureza curiosa, docilidade e carácter muitas vezes divertido, fez aumentar a sua popularidade.

Comportamento



Os degus vivem em grupos sociais quando em liberdade, onde escavam e trepam nas rochas para o qual estão bem equipados.

Tal como os porquinhos da Índia, os degus chilreiam e arrulham para comunicar.
Roedores de estimação:

Em contraste com muitos outros roedores, estas criaturas são muito mais diurnas que nocturnas. Retiram para as suas tocas ao pôr-do-sol e que saem novamente ao primeiro raio de Sol de manhã, à procura de alimento. São normalmente menos activos no meio do dia e tornam-se mais activos à tarde.

Infelizmente, os degus são muitas vezes mantidos sozinhos quando estão muito melhor em grupos, ou pelo menos tendo outro degus para companhia. Se vai manter um degus sozinho, deverá gastar com ele pelo menos uma hora por dia, dando-lhe toda a atenção para evitar que possa desenvolver problemas de comportamento como consequência da solidão.

Os grupos de degus devem ser feitos com alguma cautela, porque se é verdade que em liberdade nunca brigam uns com os outros, é necessário compreender que em liberdade têm meios suficientes de fuga, os quais não são possíveis dentro de numa gaiola.

As fêmeas de degus em regra entendem-se umas com as outras sem problemas. Os problemas são mais prováveis de acontecer entre machos maduros. Machos adultos que nunca tenham crescido juntos, raramente conseguirem viver juntos, e certamente nunca junto a fêmeas. Providencie a existência de fêmeas e muito espaço e os machos tolerar-se-ão. Os problemas em regra surgem quando se verifica falta de fêmeas ou falta de espaço.

Os degus são animais muito activos e muito curiosos com tudo o que se passa à sua volta. Raramente mordem e rapidamente estabelecem um laço com o seu tratador.

Alojamento



Os degus estarão melhores se mantidos em gaiolas grandes de vidro e cobertas com rede forte. Alguns degus roem com tal actividade que chegam a roer as caixas de acrílico, especialmente feitas para roedores, conseguindo fugir.

O fundo deverá ser revestido de aparas de madeira, as quais não devem ter pó.

Os degus gostam de trepar, como tal deverão providenciar-se ramos ou outras coisas onde eles possam trepar. Tente que a gaiola tenha pelo menos 40 ou 50 centímetros de altura.

Como qualquer roedor, os degus necessitam de material para roer de forma a desgastarem os dentes que estão em contínuo crescimento. Cada gaiola deverá ter também um ninho onde se possam recolher.

Alimentação



Existem no mercado rações próprias para degus. A alimentação deles deve ser rigorosa, não se devem dar frutas nem vegetais pois poderão desenvolver diabetes mas poderá dar-se feno que eles usam para digerir e fazer o ninho.

Devem ter sempre água fresca à disposição, tendo em atenção que se o recipiente que se coloca dentro da gaiola for em plástico, será de imediato roído.

Deve também fornecer-se areia de chinchila para o banho.

Reprodução



As fêmeas ficam sexualmente activas a partir dos três meses de idade, sendo apenas aconselhável o acasalamento a partir dos cinco meses.

A quantidade de vezes que uma fêmea se encontra pronta a acasalar difere de fêmea para fêmea, mas ocorre em regra a cada duas ou três semanas.

O macho pode ser deixado com a fêmea depois de coberta, não havendo necessidade de os separar depois dos bebés nascerem. A gravidez é relativamente longa, dura cerca de 90 dias.

A média de crias por ninhada é de cinco mas podem ir de três até dez. As crias nascem completamente formadas, com pêlo, olhos abertos e começam a correr de imediato à volta da gaiola. Às duas semanas começam a comer a comida dos pais, mas continuam a necessitar do leite da mãe. É aconselhável mantê-las com a mãe até às oito semanas.

Os degus vivem uma média de cinco a oito anos.

Fonte: Revista "Mundo dos Animais" Edição 6 - Abril 2008

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